plantação de café na montanha

Guia da poda no Café de Montanha

Durante anos, a cafeicultura tem impactado a cultura brasileira nos âmbitos social e econômico, tornando-se um dos cultivos de história mais rica do nosso país. Hoje, a cafeicultura de montanha transformou-se em uma das formas mais populares e rentáveis quando o assunto é café. Nesse artigo, faremos uma análise acerca da importância e das características da operação de poda no café de montanha.

plantação de café na montanha
plantação de café na montanha

Quais as características da cafeicultura de montanha?

O plantio do café passou por inúmeras transformações durantes os anos. Alterações na legislação, aparecimento de novas tecnologias, mudanças de hábitos, câmbio; são alguns dos vários fatores que influenciaram as mudanças na cultura cafeeira. Dessa forma os produtores precisaram buscar novas formas de produção em áreas pouco exploradas anteriormente. Foi assim que apareceu a cafeicultura de montanha.

Nesse tipo de cultivo, existem inúmeros riscos ambientais que podem trazer vários prejuízos ao produtor, por isso, a cafeicultura de montanha possui um manejo diferenciado. São geralmente construídos terraços ou platôs para facilitar as operações necessárias como a correção do solo, a adubação e a pulverização. O produtor precisa proteger o cultivo contra a erosão do solo e criar um sistema de produção que aproveite a ciclagem dos nutrientes.

De acordo com João Carlos Peres Romero, engenheiro agrônomo e consultor de cafeicultura de montanha no Brasil e na América Central, cerca de 40 % de toda produção de café no Brasil vem das culturas de montanha [1]. Minas Gerais, mais precisamente o sul mineiro, é o mais importante produtor do país. No estado, as instituições de pesquisa e ensino vem tendo um papel fundamental no sucesso do produtor. Elas trazem orientações acerca de todos os aspectos do cultivo como a combinação de produtos, melhoria de custos e otimização das operações, entre elas a poda.

[1] https://www.esalq.usp.br/visaoagricola/sites/default/files/va12-ambiente-e-producao03.pdf

Por que fazer a poda?

É interessante notar que, no passado, a poda não era considera uma prática necessária no manejo dos cafezais. A cafeicultura moderna, porém, considera a poda essencial para a planta por diversos motivos. Vamos conhecer os principais deles.

Melhora no microclima do cafezal

A poda ajuda eliminar ou, ao menos, reduzir o problema de fechamento dos cafezais. Dessa forma aumentamos a incidência de luz na copa, ampliando a indução floral e a produtividade. Facilitamos também o arejamento do cafezal, o que auxilia na redução da incidência e facilita o controle de pragas e doenças favorecidas pela humidade.

Ramos mais fortes e produtivos

Eliminando o excesso de hastes nos pés mais desgastados e deformados, aumentamos a área para que germinem ramos produtivos. Além disso há uma renovação da estrutura primária da planta, onde brotos mais rigorosos irão germinar.

Facilita o manejo e a recuperação da planta

Podemos usar a poda para reduzir o tamanho da planta. Isso facilita os tratamentos, a colheita e o replantio, abrindo a lavoura velha para que as novas plantas se desenvolvam melhor. Essa operação também acelera e melhora a recuperação dos cafezais danificados por elementos climáticos como as secas, geadas, granizo etc.

Quais os tipos de poda na cafeicultura?

É importante notar aqui que os tipos de podas podem ser divididos em dois tipos: podas drásticas e podas leves.

A poda drástica recebe esse nome justamente pela redução da maior parte da ramagem e da haste principal do cafeeiro. Ela muda radicalmente a estrutura vegetativa da planta e afeta a produtividade no curto prazo.

A poda leve concentra-se basicamente em podas de limpeza, eliminando pequenas partes do cafeeiro, que não perde tanto de sua produtividade e em alguns casos, pode até aumentar no curto prazo.

Recepa

A recepa é um tipo de poda considerada drástica. Ela promove a renovação da copa e é indicada para as lavouras que perderam seus ramos inferiores devido ao fechamento ou que sofreram durante períodos climáticos desfavoráveis, deixando a copa esguia, deformada e com poucos ramos.

Decote

Essa operação é considerada de poda leve e visa em eliminar a parte superior da copa nas lavouras em processo de fechamento. Pode ser usado também para reduzir a altura do cafezal, facilitando a pulverização, colheita e manejo para corrigir deformações na copa ou no sistema radicular.

O decote é usado ainda para recuperar plantas atingidas por geadas onde há a queima do topo da planta (geada de capote). Aqui há a necessidade da remoção dos ramos atingidos, descendo até a haste principal. Essa operação causa perde de produtividade.

Esqueletamento e desponte

Essas operações são muito semelhantes e ambas são caracterizadas como podas drásticas. São feitos cortes nos ramos laterais, mantendo pequenas porções deles. Aqui vemos o porquê desse nome, já que deixamos apenas o “esqueleto” da planta. No desponte, o corte é mais longo, deixando os ramos entre 30-60 cm. No esqueletamento, deixamos os ramos mais curto, em torno de 20 cm.

Ambos os métodos são indicados em lavouras ainda sem fechamento, com excesso de ramificação lateral. Aqui vemos ramos longos, com extremidades muito finas e pouca produção de frutos. O cultivo deve estar saudável e bem nutrido antes de receber o esqueletamento, já que as partes podadas precisam rebrotar em um curto período para refazer a área lateral e toda copa.

Poda de produção

Esse tipo de poda é mais relacionado ao café do tipo Conillon, por ser tratar de um cafeeiro multicaule. Dessa forma, ele necessita várias podas anuais dos ramos desgastados, o que mantém e por vezes aumenta a produção dos novos brotos.

Poda de limpeza

Essa talvez seja um dos tipos de poda mais conhecidos. A poda de limpeza consiste em eliminar os ramos e galhos secos, com ataque de ferrugem, cercóspora ou Phoma, ou danificados em decorrência de fatores climáticos como geadas ou estiagens.

Desbrotas

Conhecidos também como ramos-ladrões, essas hastes surgem na axila dos troncos que ficaram expostos após as podas. Inúmeros fatores podem agravar a brotação: envergamento pelo vento, desnutrição, ataque severo de pragas e doenças, entre outros.

No cafezal em que foi feito a poda, deve-se manter os brotos desejados e remover os demais sempre que necessário. Nas que não houve poda, é necessário fazer a poda preventiva, controlando o número de hastes para que não ocorra o fechamento da lavoura.

Cafezal pós esqueletamento

Quais ferramentas usar na poda

Os equipamentos para poda em cafezais de montanha são geralmente divididos em dois grupos: manuais e mecanizados. Entre os manuais se encontram foices, facões, machados, tesouras, tesourões, motosserras, podadeiras costais motorizadas, entre outros. As mecanizadas são de diversos tipos, geralmente puxada por um trator como é o caso da recepadeira e do trator para esqueletar.

Em algumas regiões, como no Sul de Minas, a mecanização ainda tem alguns obstáculos, como o terreno em alto declive. Com o avanço da tecnologia, já existem algumas soluções mecanizadas que conseguem vencer essa barreira, mas que ainda possuem um difícil acesso por conta dos preços elevados.

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A tesoura de poda Jacto PM-20 é perfeita para cortes de até 20 mm de diâmetro. Com suas lâminas revestidas em titânio, ela permite cortes mais afiados e de alta qualidade. Possui trava de segurança, mola helicoidal e cabos ergonômicos, trazendo mais segurança para o operador e conforto para jornadas mais longas. Clique aqui para saber mais sobre a Jacto PM-20.

Tesoura de poda Jacto PM-20

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Seu corte é tipo bigorna com uma abertura de 30 mm. Para garantir a segurança do operador, os cabos de alumínio possuem empunhadura de borracha termoplástica e antiderrapante. Conheça tudo sobre o Jacto PM-31 clicando aqui!

Tesourão de poda Jacto PM-31

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Leve e confortável, seus cabos são confortáveis e ergonômicos. Além disso, vem acompanhado com um coldre que se encaixa ao cinto, garantindo proteção e melhor movimentação ao operador. Clique aqui e descubra se o Jacto PM-25W é a ferramenta certa para você!

Serrote de poda Jacto PM-25W

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Equipado com 7 sensores internos e uma lâmina revestida de titânio, faz cortes progressivos com extrema precisão em galhos de até 40 mm. Sua bateria de lítio garante o carregamento das células em 100%, proporcionando uma jornada de trabalho de aproximadamente 16.000 cortes em galhos de 25 mm de diâmetro. Venha ver tudo que a Jacto PR-40 pode lhe oferecer clicando aqui!

Podador a bateria Jacto PR-40

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1 Comentário

  1. Muito bacana a matéria. Relembrei o tempo de infância qdo meus pais trabalhavam nas lavouras de café (que saudade). Achei incrível como as ferramentas/materiais da Jacto está facilitando e agilizando os serviços de poda. Parabéns pelas informações prestadas e divulgação dos trabalhos com a agricultura. Nosso povo e país agradece.

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