Os fenômenos climáticos geram preocupações diferentes em produtores situados em diversas partes do Brasil.

Pragas e fenômenos climáticos: como afetam o manejo de cultivos?

Os fenômenos climáticos geram preocupações diferentes em produtores situados em diversas partes do Brasil. Afinal, é possível que um agricultor do Rio Grande do Sul sofra com chuvas fortes enquanto um trabalhador do Rio Grande do Norte tenha que lidar com a seca no mesmo período, por exemplo.

El Niño e La Niña são os dois fenômenos climáticos mais famosos. Além de mudanças no clima, a ocorrência deles pode trazer um aumento na presença de pragas na plantação.

Neste post, falaremos mais sobre eles e os meios de controle que cada agricultor brasileiro pode adotar para se proteger. Siga a leitura!

A relação entre as pragas agrícolas e os fenômenos climáticos

Os fenômenos climáticos e meteorológicos, como El Niño e La Niña,  geram condições extremas em diferentes partes do país. É justamente esse cenário que favorece o surgimento de pragas e doenças agrícolas.

Isso porque a umidade elevada criada pelas chuvas pode gerar um ambiente propício para tal desenvolvimento. Por isso, quando não há um controle preventivo, as chances de que o agricultor tenha que arcar com grandes prejuízos aumentam significativamente.

Já em temperaturas mais altas, causadas por qualquer um dos fenômenos citados, o tempo de desenvolvimento do ovo até a fase adulta é menor. Além disso, chuvas leves seguidas de períodos quentes e secos criam condições favoráveis para a multiplicação de pragas. 

Contudo, também há boas notícias: tempestades intensas podem reduzir a população de insetos pequenos, como pulgões e tripes. No entanto, o cuidado deve ser redobrado em períodos de seca, que favorecem o desenvolvimento de outras espécies. 

Os fenômenos climáticos e os seus impactos

Agora, vamos conhecer os dois principais fenômenos climáticos e os seus impactos para o trabalho dos agricultores.

El Niño

Este fenômeno climático, que pode ser traduzido como “O Menino”, gera o aquecimento excessivo das águas do Oceano Pacífico. No Brasil, ele costuma trazer secas no Norte e Nordeste, além de chuvas torrenciais no Sul, por exemplo.

Já no Centro-Oeste, costuma ocorrer um aumento das chuvas no verão e a temperatura fica mais elevada na segunda metade do ano. No Sudeste, os invernos se tornam mais quentes e o volume de chuva tende a ser maior.

A origem do nome tem a ver com pescadores peruanos, que deram esse nome ao fenômeno porque ele costuma surgir em dezembro, perto do Natal. Então, a referência seria ao menino Jesus.

La Niña

La Niña (“A Menina”) tem algumas similaridades com El Niño: ambos afetam o clima global e podem causar tanto secas como inundações em diferentes partes do planeta. Contudo, há uma diferença fundamental: La Niña causa o resfriamento das águas do Pacífico, não o aquecimento. No Brasil, portanto, os efeitos são o oposto do evento anterior.

No Sul, La Niña gera secas severas e aumento da temperatura da região. Desse modo, há uma maior chance de chuvas pesadas no Norte e o Nordeste, e os alagamentos e enchentes nessa parte do país se tornam mais comuns. Já no Centro-Oeste, a temperatura costuma cair.

O fenômeno pode ocorrer a qualquer momento do ano: ele começa a se desenvolver em um mês, normalmente atinge o pico de intensidade ainda no mesmo ano de surgimento e passa a se dissipar no ano seguinte.

Para 2025, a previsão é de um evento La Niña com efeitos mais moderados e de curta duração. Enquanto isso, El Niño não deve acontecer.

As pragas agrícolas e os seus impactos

Engana-se quem pensa que as pragas causam danos pontuais, que se concentram apenas em partes pequenas de uma lavoura e que não comprometem a produtividade geral.

Um estudo do CEPEA — Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP — mostrou que os efeitos econômicos podem ser severos para os produtores.

Quando pensamos apenas na soja, um dos principais itens da balança comercial brasileira, os danos podem ser de 30% em relação à toda produção nacional.

Além disso, a falta de controle de pragas como a ferrugem ou a lagarta Helicoverpa podem aumentar os preços em até 22,9%. Já outro tipo de lagarta, a Spodoptera, pode gerar uma perda de até 40% de todo o milho produzido em solo brasileiro.

Os percevejos são outra praga que gera perdas significativas nas lavouras brasileiras, principalmente quanto não há medidas diretas de controle.

As melhores estratégias para evitar os impactos nas plantações

Para evitar os impactos dos fenômenos climáticos como El Niño La Niña nas plantações, os quais tendem a elevar a proliferação de pragas, é importante monitorar o clima e adotar estratégias de manejo adaptativo. 

Confira algumas ações práticas para adotar!

Realize o monitoramento constante

Fique de olho nas previsões meteorológicas da sua região e utilize soluções digitais e aplicativos para acompanhar as condições. Embora El Niño e La Niña não devam causar grandes impactos em 2025, é preciso ficar atento em relação aos próximos anos.

Implemente medidas de controle biológico

O objetivo é liberar predadores naturais das pragas nocivas à sua lavoura. Pode ser :

  • natural, com a introdução de espécies nativas;
  • aplicado, com a liberação de espécies de modo a reduzir rapidamente a presença de pragas; e
  • clássico, com a inserção de uma praga exótica na lavoura.

Faça a rotação das culturas

Busque introduzir variedades mais resistentes a secas, inundações e outras condições climáticas adversas. Além disso, a alternância de cultivos quebra o ciclo de vida dos patógenos, dificultando a sua proliferação.

Otimize o manejo do solo

Utilize soluções como o Manejo Integrado Inteligente de Pragas, que também ajuda a introduzir práticas sustentáveis na plantação. A Jacto desenvolve outras tecnologias para melhorar o manejo do solo, como adubadoras, pulverizadores e equipamentos para realizar uma poda mais precisa.

Como vimos, os fenômenos climáticos geram as condições perfeitas para a proliferação de pragas. Além disso, a própria seca causada por acontecimentos como El Niño e La Niña já é o suficiente para comprometer o nível geral da produtividade. Portanto, contar com tecnologias da agricultura de precisão e adotar técnicas de controle no agronegócio é o melhor caminho para se precaver.

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