
Quais são as tendências e o futuro da agricultura no Brasil?
Junto com a pecuária, a agricultura no Brasil representa cerca de 23% do PIB nacional. Por esse motivo, não é de surpreender que o setor seja o alvo de muitos investimentos em pesquisa e tecnologia. Nas últimas décadas, o agronegócio se modificou e evoluiu muito rapidamente, transformando seu papel de importador de alimentos para um dos maiores exportadores do comércio agro mundial.
Apesar da grande expansão e modernização do cenário rural brasileiro, o produtor ainda enfrenta muitos desafios, como solos degradados, deficiência hídrica e práticas inadequadas na aplicação de defensivos agrícolas. Por isso, a agricultura no Brasil flui no sentido de adotar soluções e garantir a sustentabilidade em seus meios de produção.
Neste artigo, listamos as principais tendências que devem se fortalecer no cenário agrícola brasileiro. Entenda também o que podemos esperar em termos de oportunidades econômicas para os próximos anos!
Tendências da agricultura no Brasil
Agricultura de precisão
A agricultura de precisão é o resultado da união de conhecimentos de diferentes áreas que, embora não sejam novidades, quando aplicados à produção e à gestão agrícola, tendem a elevar os resultados no campo, seja na otimização do tempo, seja no aumento do volume de safra.
Assim, tecnologias que já eram amplamente utilizadas pela população em geral são integradas à agricultura a fim de prover soluções para os problemas enfrentados pelos produtores rurais. Com isso, o agricultor passa a lidar com novas expressões e conceitos, como redes 4G, Internet das Coisas, drones, GPS, sensores de temperatura e umidade e telemetria. Começa, então, a era das fazendas inteligentes, conectadas a dispositivos, centros de dados e sistemas avançados para coletar, armazenar e analisar informações que apoiam a tomada de decisão.
Com essas tecnologias, o gestor consegue acionar máquinas remotamente e monitorar todas as operações por meio do seu tablet ou smartphone. Veículos autônomos munidos de GPS e câmeras trabalham sozinhos pelo talhão num cenário futurista e sem precedentes. Essa é a era da agricultura digital, ou agricultura 4.0. Nesse cenário, o agricultor potencializa o seu poder de informação, decisão e operação.
Maior força e atuação do consumidor
O avanço e a popularização das mídias sociais e tecnologias da informação e comunicação alterou significativamente a relação entre empresas e público, e no agronegócio isso não foi diferente. O consumidor tem maior acesso à informação e ganhou voz. Ele compartilha suas experiências e avaliações sobre produtos e contribui para que outros também tomem melhores decisões de consumo.
Ao passo que o acesso a mídias sociais se intensifica, assim como o acesso à internet também na zona rural, os consumidores brasileiros exigem maior qualidade em características como sabor e qualidade nutricional. Ao mesmo tempo que esse fenômeno modifica a relação entre produtor e consumidor, levanta diante do agricultor o desafio de agregar aos seus produtos atributos como:
- praticidade,
- conveniência,
- confiabilidade
- sustentabilidade,
- ética;
- saudabilidade e bem-estar;
- sensorialidade e prazer.
Dessa forma, o preço deixa de ser um fator preponderante na avaliação do público sobre os produtos agrícolas que consome. Aumentará a procura por itens saudáveis e para dietas específicas, como baixo teor calórico, alergênicos, eliminação de aditivos químicos, glúten e lactose.
Agricultura sustentável
A demanda mundial por alimentos aumenta, mas há pouco espaço de crescimento horizontal para áreas cultiváveis. Assim, a forte tendência é que o aumento da produção ocorra por meio da otimização dos meios de produção, e não pela adição de terras plantadas. Em outras palavras, será necessário que cada hectare produza mais e melhor.
Segundo o estudo da Embrapa sobre a ocupação de terras no Brasil, 30% do território nacional é utilizado para lavouras e florestas plantadas (9%), pastagens plantadas (13%) e pastagens naturais (8%). Fazendo um comparativo da produção agrícola atual e da colhida em 1975, cada hectare produz hoje três vezes mais grãos. A tendência é que esse volume de produção aumente.
Isso só será alcançado por meio de uma agricultura sustentável, isto é, por meio de práticas que respeitem e preservem o meio ambiente à sua volta, sejam economicamente viáveis e garantam às atuais e futuras gerações o suprimento das suas necessidades alimentares, em volume e em qualidade.
Mudança do clima
O novo relatório do IPCC sobre aquecimento global atestou que esse fenômeno é uma realidade inquestionável e que traz profundas consequências aos habitats naturais e às espécies em todo o planeta. Com um aumento de até 5,4° até 2100, espera-se que o nível do mar suba até 82 centímetros, resultando em profundas perdas na agricultura, como:
- aumento de pragas nas lavouras;
- florestas tropicais substituídas por savanas
- regiões semiáridas transformando-se em áridas;
- aumento de períodos de estiagem, com deficiência hídrica dificultando não só os meios de produção, mas também as demandas populacionais.
Nesse contexto, espera-se que a agricultura adote práticas de redução da emissão de gases de efeito estufa e tecnologias para a mitigação dos efeitos negativos ao clima.
Expectativas para o futuro do agronegócio
Diante dessas tendências, percebe-se que o agronegócio brasileiro tem muito trabalho pela frente. O agricultor passará a adotar novas técnicas de manejo e usar do modo mais eficiente as informações que coleta do campo e do clima para a tomada de decisões. As tecnologias de aprimoramento genético também evoluem para desenvolver novas cultivares resistentes, produtivas e de maior qualidade nutricional.
Ao passo que se intensificam os efeitos climáticos adversos à prática agrícola, as ferramentas da agricultura de precisão aliadas à evolução dos dispositivos IoT (Internet das Coisas) contribuirão para que o produtor utilize mais eficazmente os recursos à sua disposição, como água, fertilizantes, defensivos e sementes. Além disso, alimentos mais saudáveis caem na preferência do consumidor.
No cenário econômico, os países emergentes seguem com crescimento estável, incluindo nossos importadores China e Índia. O Brasil também vai bem. Segundos dados da Conab, a safra 2018/2019 está estimada em 234 milhões de toneladas de grãos, um aumento e 2,8% em relação à produção anterior.
A agricultura no Brasil segue sendo um dos pilares da economia nacional. E sua importância atravessa as fronteiras como o principal produtor e exportador de etanol da cana-de-açúcar, suco de laranja, açúcar e café no mundo. Por isso, ele continuará cumprindo um importante papel em suprir a crescente demanda por alimentos no mundo.
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16/09/2019 às 10:20
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03/10/2019 às 08:23
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