Combata a ferrugem asiática da soja com precisão

Como combater a ferrugem asiática da soja com pulverização de precisão

O mês de novembro marca a última janela de aplicação antes da colheita da soja.

E é também o momento decisivo para evitar perdas causadas pela ferrugem asiática, uma das doenças mais severas da cultura.

A pulverização de precisão tem se mostrado uma aliada no controle dessa praga, permitindo melhor deposição dos fungicidas, redução de deriva e uso racional da calda.

Segundo dados da Embrapa, o controle químico da ferrugem asiática pode representar entre 15% e 20% dos custos totais de produção.

Diante desse cenário, entender como o tipo de bico, o sensor e o volume de calda influenciam na eficiência da aplicação é essencial para aumentar a eficácia e reduzir desperdícios nesta reta final de ciclo.

Como escolher o bico de pulverização?

Para uma pulverização de precisão, a seleção adequada dos bicos vai depender basicamente de 6 fatores:

  1. das circunstâncias do local;
  2. do estágio de desenvolvimento da cultura;
  3. do alvo a ser atingido;
  4. da temperatura e umidade;
  5. do equipamento utilizado;
  6. da área agrícola em questão.

Existem diversos modelos, como os tipos leque, cônico e os bicos de impacto, cada um com características específicas de distribuição, pressão de trabalho e tamanho de gota.

O uso do bico correto tem como vantagem a precisão na aplicação e a redução do desperdício por deriva ou escorrimento.

Consequentemente, há uma redução de custos ao aplicar a quantidade exata de insumos, diminuindo a necessidade de retrabalho.

Em contrapartida, um bico inadequado pode causar sérios prejuízos, inclusive podendo levar ao agravamento da infestação, colocando em risco a colheita inteira.

Se quiser saber com mais detalhe sobre a escolha dos melhores bicos, leia também:

Como os sensores ajudam a tornar a pulverização mais precisa e eficiente?

Além dos bicos, outro fator que interfere diretamente na qualidade da aplicação são os sensores.

Eles permitem que a pulverização seja ajustada em tempo real conforme as condições do campo, garantindo maior precisão e economia.

Neste contexto, os sensores têm papel fundamental na pulverização de precisão porque garantem que o produto seja aplicado na dose certa e no local certo.

Com eles, é possível ajustar automaticamente o volume de calda de acordo com a velocidade do pulverizador e a altura da barra.

Sensores identificam, por exemplo, a presença de plantas e ativam os bicos apenas quando há alvo, reduzindo o consumo de defensivos em áreas sem infestação.

Outra função dos sensores é manter a barra na altura ideal, assegurando uniformidade na deposição das gotas e maior eficiência no controle da ferrugem asiática e das doenças de final de ciclo.

Por que o volume de calda é importante na pulverização de precisão?

Outro ponto decisivo na pulverização de precisão é o volume de calda utilizado.

Uma vez que influencia diretamente a eficácia do controle, os custos operacionais e até o impacto ambiental da aplicação.

Um volume adequado garante boa cobertura e penetração da calda sobre o alvo, além de também estar ligada ao tipo de bico e ao espectro de gotas.

Em dosséis mais fechados, por exemplo, pode ser necessário usar gotas menores para alcançar as partes internas da planta.

Além disso, volumes inadequados podem aumentar o risco de fitotoxicidade e de deriva, comprometendo a eficiência da aplicação e a sustentabilidade do processo.

Ajustar corretamente o volume de calda é, portanto, uma etapa essencial para equilibrar desempenho, economia e segurança na proteção da lavoura.

Volumes muito baixos podem comprometer o controle da ferrugem asiática.

Por outro lado, volumes excessivos aumentam o custo operacional e favorecem o escorrimento do produto, reduzindo a eficiência da aplicação.

O ideal é ajustar o volume de calda conforme o tipo de bico, a pressão de trabalho e as condições ambientais no momento da aplicação.

Afinal, o objetivo é buscar sempre o equilíbrio entre cobertura eficiente e economia de insumos — princípios essenciais da pulverização de precisão.

Se quiser saber qual a melhor taxa (L/ha) de pulverização, não deixe de ler nosso artigo:

Calibração e boas práticas para a pulverização de precisão na soja

Antes de iniciar qualquer aplicação, a calibração do pulverizador é uma etapa indispensável para garantir que o volume de calda projetado seja realmente executado.

Um equipamento desregulado pode comprometer toda a eficiência da pulverização, resultando em falhas no controle da ferrugem asiática ou em desperdício de produto.

A calibração envolve verificar a vazão dos bicos, a pressão de trabalho, a velocidade de trabalho da máquina e a uniformidade da distribuição ao longo da barra.

Esses ajustes asseguram que cada metro da lavoura receba a quantidade correta de calda, evitando variações que impactam diretamente o desempenho do fungicida.

Além da calibração, boas práticas operacionais também são fundamentais para o sucesso da pulverização de precisão na soja.

Entre elas estão a velocidade constante durante o trajeto, a manutenção preventiva dos bicos e filtros, e o monitoramento das condições de vento, temperatura e umidade.

O futuro da pulverização de precisão na soja

A evolução tecnológica no campo deve tornar a pulverização de precisão na soja cada vez mais inteligente e autônoma.

O uso de sensores conectados, inteligência artificial e sistemas de monitoramento em tempo real já permite ajustar diferentes variáveis.

As mais conhecidas são o volume de calda, pressão e velocidade de aplicação com base nas condições específicas de cada talhão.

Drones equipados com câmeras multiespectrais identificam áreas com maior incidência de doenças ou deficiência nutricional, gerando mapas que orientam aplicações localizadas, reduzindo custos e impactos ambientais.

No futuro próximo, espera-se que os pulverizadores trabalhem de forma integrada com plataformas de análise de dados.

Essas plataformas serão capazes de cruzar informações climáticas, imagens de satélite e histórico da lavoura para definir automaticamente o melhor momento e a melhor dose de aplicação.

Essa automação tende a aumentar ainda mais a eficiência operacional e a sustentabilidade do manejo fitossanitário.

O futuro da soja é digital. Fique por dentro das inovações que vão levar sua pulverização de precisão ao próximo nível, acompanhando as novidades aqui no nosso blog.

Compartilhe !

Quer ainda mais dicas? Cadastre-se agora para receber nossa newsletter!

receba nossos conteúdos exclusivos gratuitamente por email!

Email registrado com sucesso
Opa! E-mail inválido, verifique se o e-mail está correto.
Ops! Captcha inválido, por favor verifique se o captcha está correto.

Fale o que você pensa

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.