
Fertilidade do solo: como melhorar a sua produtividade?
Um terreno bom o suficiente para garantir a produtividade e a longevidade das lavouras é o “sonho” de todo produtor. Para isso, é importante que o solo seja fértil, fornecendo os nutrientes necessários para sustentar as culturas plantadas. No entanto, há uma confusão bem comum entre a fertilidade do solo e a produtividade geral das lavouras.
Ou seja, há quem acredite que ter um terreno fértil é o único fator que faz realmente a diferença para o alcance de bons resultados.
Então, no intuito de esclarecer essa questão, preparamos este post para que você entenda de vez o que é a fertilidade do solo, quais são os diferentes tipos e, inclusive, quais são as boas práticas para melhorá-la. Continue a leitura!
O que é fertilidade do solo?
Além da capacidade que o solo tem de gerar frutos, o conceito de fertilidade está associado com o “poder” que um determinado terreno tem de fornecer às plantas os nutrientes ideais para que elas possam crescer e gerar bons resultados para o produtor. Isso significa que um solo fértil e as sementes bastam para que as colheitas sejam boas e para que o produtor possa lucrar?
Não necessariamente. Afinal, a fertilidade do solo não é exatamente sinônimo de boa produtividade. Portanto, ainda que um produtor tenha um bom terreno, na prática, não há certezas de que a sua lavoura será produtiva — até porque os resultados dependem de outros fatores, como a chuva e o clima da região.
Entretanto, é claro que a fertilidade natural do solo jamais deve ser ignorada. Mesmo que a produção seja influenciada por outros aspectos, uma área fértil é essencial para que as culturas atinjam o seu máximo potencial.
Por isso, podemos dizer que ter um solo fértil é o “ponto de partida”. Ou seja, sem essa característica, dificilmente, um produtor teria resultados positivos nas suas plantações.
É válido destacar que a fertilidade do solo depende da disponibilidade de alguns nutrientes, como nitrogênio, fósforo e boro, mas também do equilíbrio entre eles. Desse modo, não haverá interferências na absorção de um ou de outro, o que prejudicaria a produtividade das culturas.
Quais são os tipos de fertilidade do solo?
Como vimos, um solo pode ser naturalmente fértil e favorecer as culturas, mas também existem meios de estimular a produtividade. É por isso que há diferentes tipos de fertilidade do solo. Vamos conhecê-los?!
Fertilidade natural
A fertilidade natural do solo corresponde à etapa em que o terreno ainda não sofreu nenhum tipo de manejo. Ou seja, a área não esteve exposta a qualquer interferência do ser humano.
Fertilidade atual
Já a fertilidade atual corresponde ao estágio em que o terreno já recebeu práticas de manejo para favorecer a produtividade das culturas. Nesse caso, o conceito se relaciona a uma área já trabalhada, já “mexida”.
Também é importante entender que a fertilidade atual do solo deve levar em conta as correções, como a calagem e a adubação fosfatada. Só depois de processos como esses que a classificação “atual” se aplica.
Fertilidade potencial
Um solo que não apresenta crescimento das plantas não está, necessariamente, descartado para a produtividade das colheitas. No caso da fertilidade potencial, por exemplo, o produtor geralmente descobre que falta algum nutriente — ou outro elemento — que impede que aquela área mantenha um equilíbrio.
Um exemplo é o solo ácido. Nesse caso específico, o produtor pode tentar uma calagem, que é a aplicação de calcário na preparação do terreno. A finalidade é justamente combater essa acidez.
Fertilidade operacional
A fertilidade operacional é alcançada quando os produtores inserem extratores químicos no terreno para que os aspectos nutritivos sejam ampliados. Entretanto, é fundamental ter em mente que esse processo deve levar em conta as características de cada planta.
Como melhorar a fertilidade do solo?
Agora que o conceito já foi esclarecido, vamos abordar as práticas ideais para que você tenha o solo tão fértil quanto possível. Confira!
Coleta de amostras e análise do solo
A primeira etapa envolve analisar as características do solo. Afinal, terrenos diferentes exigem manejos distintos.
Esse trabalho é executado por meio da coleta de amostras, que serão submetidas a análises físicas e químicas por profissionais especializados, como agrônomos. A atividade é crucial para que seja identificada a quantidade de nutrientes naquele solo, além do potencial produtivo.
Então, quanto mais detalhado for o estudo, mais fácil será tomar decisões acertadas nas etapas seguintes. Um exemplo diz respeito à aplicação de adubo e de fertilizantes: com a análise do solo, será possível escolher as melhores opções de acordo com as características do terreno.
Do mesmo modo, o uso dos insumos será otimizado. Ou seja, haverá a diminuição de gastos excessivos e de desperdícios.
A análise do solo e a coleta de amostras podem ser feitas em qualquer período do ano. No entanto, é melhor que os procedimentos sejam conduzidos durante a entressafra, já que o produtor terá tempo de preparar adequadamente o terreno para o plantio.
Escolha dos insumos agrícolas
Após a análise do solo, provavelmente, você já terá um bom número de dados para escolher os insumos agrícolas no intuito de garantir a fertilidade. A primeira etapa — de estudo do terreno — também é importante porque você coletará informações sobre a área, mas também acerca da cultura que deseja plantar.
Afinal, cada cultura necessita de uma quantidade de nutrientes e de cuidados específicos para um desenvolvimento saudável. Nesse sentido, os produtores costumam utilizar fertilizantes que sejam compatíveis com os objetivos e que estão divididos em duas modalidades: orgânicos e inorgânicos.
Orgânicos x inorgânicos
Os fertilizantes orgânicos são aqueles que, como o nome indica, são ricos em matéria orgânica. Eles podem ter origem vegetal ou animal, mas fornecem igualmente uma boa quantidade de nutrientes. Alguns exemplos são:
- esterco;
- farinha de ossos;
- torta de mamona;
- húmus de minhoca.
Os fertilizantes orgânicos são considerados mais sustentáveis. Já os fertilizantes inorgânicos têm origem mineral e são desenvolvidos pela agroindústria. Os produtos costumam vir acompanhados pela sigla NPK, que forma a sua base química e resume os três elementos essenciais para o desenvolvimento das plantas:
- nitrogênio (para o crescimento);
- fósforo (para o fortalecimento das raízes);
- potássio (para a melhora da resistência da planta em prol do enfrentamento de pragas e doenças).
Os dois fertilizantes precisam ser aplicados em uma quantidade controlada, de acordo com cada cultura. Assim, o produtor não correrá o risco de provocar excessos ou a falta de nutrientes, o que prejudicaria o crescimento de cada planta.
Adubação do terreno
Nesse estágio, são aplicados os fertilizantes escolhidos na fase anterior. Inclusive, é importante ficar atento ao modelo de aplicação de cada um dos insumos, já que há diferentes maneiras de fazer isso: pela pulverização, por meio de máquinas e por meio do sistema de irrigação, por exemplo.
Adoção de outras práticas de manejo do solo
Também é indispensável entender que a fertilidade do solo envolve práticas ligadas à utilização de técnicas para a proteção, a cobertura e o acompanhamento do ciclo dos nutrientes no terreno. Nesse sentido, cada produtor pode adotar atividades eficientes de manejo do solo, como o plantio direto e a adubação verde.
O que causa a infertilidade do solo?
A infertilidade é causada pela ausência de um ou mais fatores, como:
- pouca disponibilidade de água;
- desequilíbrio do pH — o nível que mensura a acidez do solo;
- alta taxa de erosão;
- falta de calagem;
- ausência de nutrientes essenciais.
Portanto, o produtor que deseja evitar os transtornos provenientes de um terreno improdutivo deve ter todas essas questões em mente. Como vimos no post, as práticas de manejo e os cuidados com a fertilidade do solo são essenciais para quem deseja atingir um alto nível de produtividade.
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