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6 práticas de ESG para implementar na agricultura

O trabalho no campo, visto como sinônimo de tradição e respeito à natureza, está vivendo um movimento de transformação intenso. Além de produzir alimentos, a agricultura agora precisa conciliar suas atividades com a preservação do meio ambiente e o bem-estar social por meio de práticas ESG.

O ESG, que já transformou outros setores, chegou ao agronegócio para promover uma agricultura mais consciente e responsável. Nesse cenário, a dúvida que pode surgir é: como implementar práticas de ESG na agricultura?

A proposta deste artigo é trazer ideias de ações que podem ser implementadas na sua produção. Acompanhe e descubra!

O que é ESG?

ESG representa a expressão em inglês “Environmental, Social, and Governance”, que em português significa “Ambiental, Social e Governança“.

O termo, muito popular no contexto empresarial, é usado para se referir a um conjunto de práticas e princípios que visam avaliar o desempenho de uma operação em relação à sustentabilidade e à responsabilidade social.

Isso inclui a análise de como as organizações gerenciam seus impactos ambientais, suas relações com a sociedade e a forma como são administradas, buscando um equilíbrio entre o lucro, o meio ambiente e as pessoas.

Qual a importância do ESG na agricultura?

Embora o ESG seja mais lembrado no âmbito corporativo, é importante saber que ele também traz elementos que podem ser incorporados nas decisões de setores como o agronegócio.

As práticas ESG proporcionam para as empresas agrícolas a oportunidade de integrar a sustentabilidade em suas operações, minimizando os impactos ambientais, como a emissão de gases do efeito estufa e a degradação do solo, e promovendo o bem-estar social de seus colaboradores, comunidades e fornecedores.

A adoção de práticas sustentáveis permite que as empresas agrícolas se tornem mais resistentes a riscos climáticos e sociais, além de atrair investimentos e consumidores.

O mercado internacional, por exemplo, demonstra especial interesse por produtores rurais que se preocupam e investem em cuidados com a sustentabilidade.

Quais as práticas de ESG na agricultura?

Afinal, como trazer essas práticas para a agricultura? De que forma os pilares ambiental, social e de governança podem ser adaptados à realidade operacional do agro? A seguir, trouxemos algumas dicas!

1. Uso mais eficiente dos recursos naturais

Por meio da adoção de tecnologias como a agricultura de precisão, serviço oferecido pela Jacto Next, é possível aplicar insumos de forma localizada e otimizada. A irrigação por gotejamento é outra prática que ajuda a minimizar o desperdício de água.

Iniciativas como a rotação de culturas, o plantio direto e a integração lavoura-pecuária-floresta contribuem para a melhoria da qualidade do solo, a redução da erosão e a captura de carbono. Otimizando o uso de água, energia e insumos agrícolas, a agricultura ESG não apenas diminui seus impactos ambientais, mas também aumenta sua produtividade e contribui para o gerenciamento de custos.

2. Redução da poluição

A redução da emissão de gases é um tema de alto impacto nas operações da agricultura. A diminuição do uso de defensivos agrícolas e a adoção de práticas de controle biológico de pragas e doenças são medidas importantes para preservar a qualidade do solo e dos ecossistemas aquáticos.

Somado a isso, a gestão adequada dos resíduos agrícolas, a adoção de sistemas de tratamento de efluentes e a otimização do uso de fertilizantes contribuem para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e a contaminação do ar e da água.

3. Gestão de resíduos

Investir em ações direcionadas à gestão de resíduos é uma excelente solução para agricultores que estão incorporando o ESG em seus negócios. As práticas podem incluir iniciativas como:

  • compostagem de resíduos orgânicos, transformando-os em adubo natural, enriquecendo o solo e cuidando da biodiversidade;
  • rotação de culturas, que ajuda a controlar pragas e doenças, reduzindo a necessidade de agrotóxicos;
  • adoção de sistemas de coleta seletiva para separar os diferentes tipos de resíduos e facilitar sua destinação correta;
  • implementação de tecnologias para o tratamento de efluentes, como biodigestores, que convertem dejetos animais em biogás e fertilizantes;
  • promoção da economia circular, incentivando a reutilização e a reciclagem de materiais, como embalagens de defensivos agrícolas.

4. Fontes de energias renováveis

Para o agricultor, investir em energia limpa significa diminuir custos com energia elétrica e reduzir a dependência de combustíveis fósseis, enquanto contribui para um futuro mais sustentável. Algumas dicas para implementar fontes de energia renovável na propriedade incluem:

  • instalação de painéis solares para geração de energia elétrica, que pode ser utilizada para bombear água, iluminar áreas da propriedade e até alimentar equipamentos agrícolas;
  • aproveitamento do biogás produzido a partir de dejetos animais para gerar energia elétrica ou térmica, reduzindo a emissão de gases do efeito estufa e formando adubo orgânico;
  • utilização de biomassa, como resíduos da agricultura, para gerar energia térmica e aquecer estufas ou secadores de grãos.

5. Técnicas de irrigação

A irrigação impacta de forma expressiva o meio ambiente. Para reduzir o gasto desse recurso natural, o agricultor pode investir em práticas como a irrigação por gotejamento e a microaspersão, nas quais a água é aplicada diretamente na zona das raízes das plantas, minimizando perdas por evaporação e escoamento superficial.

Ainda, a reutilização de água de reuso, a coleta de água de chuva e a irrigação subterrânea também favorecem a preservação dos recursos hídricos, além de reduzir os gastos da produção.

6. Diminuição do desmatamento

A diminuição do desmatamento é uma das principais medidas para proteger o meio ambiente e mitigar os efeitos das mudanças climáticas. Por meio do uso eficiente da terra, da recuperação de áreas degradadas e da adoção de sistemas agroflorestais, é possível aumentar a produtividade sem expandir as fronteiras agrícolas.

Quais as métricas e indicadores de ESG na agricultura?

Tão importante quanto adotar o ESG é realizar o acompanhamento das iniciativas. Nesse cenário, o agricultor deve basear suas métricas nos três pilares da sustentabilidade:

  • métricas ambientais — podem incluir a quantidade de água utilizada por hectare, a emissão de gases de efeito estufa, a área de florestas preservadas e a biodiversidade local;
  • indicadores sociais — visam avaliar as condições de trabalho dos agricultores, a relação com as comunidades locais, a segurança alimentar e a saúde dos trabalhadores rurais;
  • métricas de governança — usadas para medir a transparência, a ética e a responsabilidade das empresas agrícolas, incluindo a conformidade com as leis e regulamentos ambientais e sociais.

A partir da coleta e da análise desses dados, os agricultores têm a oportunidade de melhorar a eficiência de suas ações, reduzir os impactos ambientais e sociais e aumentar a competitividade das operações agrícolas.

Ainda, as métricas ESG podem ser utilizadas para estabelecer metas de sustentabilidade, acompanhar o progresso em direção a essas metas e comunicar os resultados aos fornecedores e possíveis investidores. Nesse cenário, o uso de tecnologia pode fazer toda a diferença na coleta e análise das informações.

A adoção de práticas ESG posiciona os produtores rurais como agentes de transformação ambiental e social, contribuindo para destacar ainda mais o agronegócio brasileiro no cenário de produção agrícola mundial. Para alcançar os melhores resultados, agricultores, empresas do setor e entidades públicas devem trabalhar em conjunto, a fim de superar os desafios e aproveitar as oportunidades que o ESG oferece.

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