Guia para redução de custos na agricultura

O controle dos custos da produção agrícola é um aspecto fundamental da gestão do empreendedor do campo. Funciona como uma ferramenta para orientar as atividades e gerar dados que sirvam de base para a tomada de decisão por parte dos produtores rurais.

Além da gestão de despesas com a produção, existem diversas técnicas que podem ajudar a identificar desperdícios e promover a redução de custos na agricultura.

Este guia foi elaborado com o objetivo de apresentar as melhores práticas e tendências do campo existentes hoje, que vão ajudá-lo a tornar sua produção ainda mais rentável. Acompanhe!

Encontre as fontes de desperdício e aumente o potencial de lucro

De acordo com um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), a cada ano, mais de 1 bilhão de toneladas de alimentos são jogados fora no mundo. Isso equivale a 24% de toda a produção para consumo humano.

Boa parte desse desperdício (cerca de 520 milhões de toneladas) ocorre durante a cadeia produtiva, o que inclui a produção, o armazenamento e a manipulação dos alimentos.

Isso mostra que é essencial que o produtor rural identifique as fontes de desperdício e, assim, minimize os custos e aumente o potencial de lucro. Afinal, o alimento que se perde durante a produção acaba não sendo comercializado, reduzindo a oportunidade de ampliar a receita.

Mas onde está o desperdício? Como o problema está ao longo da cadeia produtiva, vamos analisar algumas técnicas e ferramentas que têm sido utilizadas em cada etapa!

Recipientes de armazenamento

A ideia é aprimorar os métodos de manuseio durante a colheira, para que o alimento sofra o menos possível. Ao protegê-lo de condições adversas, ele ficará menos machucado e será preservado para a distribuição e venda.

Existem algumas práticas simples e baratas que podem contribuir para isso. Por exemplo, a FAO iniciou um projeto no Congo, em Burquina Faso e em Uganda direcionado a pequenos agricultores de hortaliças com o objetivo de ajudá-los a melhorar o manuseio no processo de colheita.

O órgão ministrou treinamentos e ajudou na compra de recipientes metálicos e sacos plásticos para o armazenamento e transporte das hortaliças. Essa iniciativa reduziu significativamente as perdas de alimentos.

Mesa de seleção de hortaliças

Outra iniciativa a fim de evitar desperdícios foi realizada pela Embrapa. A empresa projetou uma mesa inclinada para seleção de hortaliças, que possui uma construção rápida e de baixo custo e que pode ser instalada sob uma Unidade Móvel de Sombreamento (uma espécie de barraca produzida basicamente de lona e armação de ferro).

Segundo a pesquisadora Milza Moreira Lana, a colheita e seleção de hortaliças em propriedades rurais de pequeno e médio porte se dá em condições precárias. Muitas vezes, os alimentos ficam expostos ao sol por um longo tempo e são selecionados dentro das caixas, o que pode provocar danos mecânicos nas hortaliças.

O projeto da Embrapa visa reduzir esses danos. O produtor colhe o produto e, usando um carrinho, transporta-o até a barraca. Ali, ele poderá fazer a seleção na mesa, cuja superfície não é agressiva à hortaliça.

Copo medidor

Um outro projeto desenvolvido pela Embrapa que tem contribuído para a redução do desperdício na colheita mecanizada de soja é o copo medidor. Além do recipiente, a metodologia utiliza uma armação de 2m². Juntos, esses instrumentos ajudam o produtor a fazer uma estimativa de grãos que a colheitadeira não recolhe e caem no solo.

Por padrão, o limite aceitável de perda por hectare é uma saca, que equivale a 60 kg. Se passar dessa medida, há desperdício.

O sistema é bem simples. A armação pode ser confeccionada com tubos de PVC ou ripas de madeira e barbante. Depois da passagem da máquina, a estrutura é sobreposta no solo, delimitando uma área de 2m². Os grãos que estão ali dentro são colhidos manualmente e depositados no copo medidor, que, por meio de marcações, já informa uma estimativa de perda de sacos por hectare.

A partir do resultado, é possível tomar algumas medidas corretivas, como regular a colheitadeira, reduzir a velocidade da máquina e orientar o comportamento do operador. 

Logística

Não adianta o produtor tomar todo o cuidado no manuseio durante a colheita se não houver uma infraestrutura de distribuição eficiente. E isso envolve não só o transporte, mas também o armazenamento.

O país carece de uma cadeia de frios no sistema logístico que garanta a conservação de perecíveis até o cliente final. Dessa forma, é preciso que o escoamento da produção seja ágil e que se usem inovações técnicas para que os alimentos cheguem à mesa dos consumidores em boas condições.

Aplicação de defensivos agrícolas

Os defensivos agrícolas são elementos químicos que servem para controlar doenças e pragas que prejudicam a lavoura. Infelizmente, muitas vezes os produtores rurais utilizam esses produtos de modo indiscriminado, especialmente por desconhecer seu impacto ambiental, seus métodos de aplicação e sua real função. O resultado é o desperdício e o emprego de defensivos que têm pouco ou nenhum efeito.

Assim, para que não haja perdas, é necessário que o produtor se informe sobre o defensivo mais adequado à sua lavoura e à praga em questão, além de saber utilizá-lo corretamente.

Há também o problema da deriva, ou seja, o desvio do produto no momento da aplicação. Ela pode ser ocasionada por diversos fatores, como ventos e potencial de evaporação das gotas. Mas é possível solucionar isso utilizando pulverizadores com cortina de ar e adjuvantes para minimizar a evaporação e aumentar o tamanho das gotas.

Ao reduzir o desperdício em todas as etapas da cadeia produtiva, o produtor rural aumenta sua remuneração, diminui os custos de produção e fornece ao consumidor alimentos mais saudáveis.

Otimize o plantio

Outra maneira de alcançar maior corte de custos na agricultura é otimizar os métodos de plantio e aplicar técnicas que minimizem os prejuízos nessa fase de produção. Isso pode envolver a melhoria na qualidade do solo e a diminuição ou eliminação dos danos causados por pragas.

É claro que algumas técnicas são específicas para determinadas culturas, outras podem ser aplicáveis a diversos tipos de alimentos. Vamos então a algumas dessas inciativas!

Adubação

Existem diversos métodos para melhorar a fertilidade do solo, muitas delas de baixo custo e sem a adição de fertilizantes. É o caso da adubação com matéria orgânica. Vejamos algumas dessas inovações que têm contribuído para o corte de custos na agricultura!

Adubação verde

A adubação verde é uma técnica que utiliza as folhas das plantas do tipo leguminosas, como feijões, vagens e ervilhas. Esses vegetais têm uma capacidade maior de absorver nitrogênio — um sal mineral fundamental para o desenvolvimento das plantas que não está disponível no solo, somente na atmosfera.

Segundo o Dr. Luiz Augusto Gomes de Souza, engenheiro agrônomo do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), para realizar esse processo de captação de nitrogênio, as leguminosas interagem com bactérias que estão no solo, fornecendo a essas plantas uma qualidade maior de nutrientes.

A vantagem do adubo verde é que ele é capaz de diminuir ou até eliminar a necessidade de aplicar fertilizantes minerais nitrogenados, o que reduz os custos da produção. Além disso, o pesquisador afirma que a técnica é capaz de aumentar em até quatro vezes a produção de hortaliças.

As plantas mais utilizadas como adubadoras são feijão-caupi, ingá, amendoim forrageiro, mucuna-preta e feijão-de-porco. O Inpa recomenda usar 4kg/m² de folha fresca de leguminosas — o equivalente a 40 toneladas de biomassa a cada hectare.

No caso das hortaliças, que têm um ciclo de vida curto (podendo chegar a 40 ou 45 dias), é necessário primeiro triturar as folhas de leguminosas para depois misturá-las ao solo. Isso ajuda a agilizar o processo de mineralização (incorporação do nitrogênio).

Adubação orgânica com esterco animal

O adubo animal é um material orgânico muito importante. Assim como ocorre com as folhas de leguminosas, o esterco também é constituído de nitrogênio. No entanto, ele possui outras substâncias que contribuem para o bom desenvolvimento da planta. Por exemplo: cobre, zinco (encontrados nas fezes de galinhas e porcos) e potássio.

Adubação química fosfatada

O fósforo é fundamental no desenvolvimento inicial de várias plantas. A deficiência desse elemento nos cereais, por exemplo, pode reduzir o número de grão produzidos. O crescimento também é prejudicado. Em todo caso, a safra será afetada.

Em vista disso, o P205 é muito popular entre produtores rurais. Essa é a fórmula dos fertilizantes que têm o fósforo como base. Para a aplicação, é preciso analisar a qualidade do solo (a fim de determinar o quanto da substância já está presente), o que se espera em termos de produtividade e as características da própria planta.

Rotação e diversificação de cultura

Quando existe o cultivo de apenas uma cultura (monocultura), são extraídos do solo apenas nutrientes necessários para aquele tipo de planta, causando um desequilíbrio nas reservas minerais da área. Com o tempo, a capacidade de produção do solo fica bem reduzida.

A rotação de cultura permite que nutrientes diferentes sejam absorvidos pela espécie a cada novo plantio, já que serão utilizadas plantas diferentes. Os benefícios são:

  • facilita o controle de pragas e doenças;
  • reduz o uso de defensores;
  • melhora a estrutura do solo;
  • protege o solo contra efeitos do clima.

Alguns exemplos são a alternância entre leguminosas e não leguminosas, e entre soja e milho. Também podem ser utilizadas plantas de cobertura, que não têm valor comercial.

Outra prática comum é a diversificação de cultura, quando várias espécies compartilham o mesmo terreno. Isso faz com que as diferentes plantas tragam benefícios ao solo ao mesmo tempo.

Plantio direto

O plantio direto é um tipo de cultivo realizado sem a aração ou a gradagem. A ideia é deixar sobre o solo uma cobertura de resíduos vegetais, com base nos seguintes fatores:

  • revolvimento mínimo do solo, isto é, interferir somente na área de plantio; 
  • cobertura por palhada ou plantas vivas;
  • minimização de custos com combustível;
  • diversificação de culturas por meio de técnicas de sucessão, consorciação ou rotação.

Essa técnica traz diversos benefícios, como:

  • redução do impacto das gotas de chuva e escorrimento, que podem resultar em erosão;
  • manutenção da temperatura ideal para a cultura;
  • diminuição da perda de umidade.

Os benefícios do enriquecimento orgânico do solo não são sentidos rapidamente. Mas, em longo prazo, os resultados são bem satisfatórios.

Melhore a irrigação

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) divulgados pela Rede Globo, 38,8% da água tratada no nosso país é desperdiçada. São mais de 3 bilhões de litros jogados fora todo ano. Estima-se que, no Brasil, 72% desse recurso é usado pela agricultura na irrigação.

Algumas práticas simples e baratas podem minimizar esse problema, como:

Armazenamento da água da chuva

A água da chuva pode ser coletada por telhados e calhas e direcionadas a cisternas, que são capazes de armazenar água para o ano inteiro. Esse recurso tem sido muito utilizado em algumas cidades do semiárido nordestino em épocas de seca.

Técnica de gotejamento

Esse é um método que substitui a irrigação tradicional, provendo um fluxo constante e mínimo de água. A técnica pode economizar até 50% de água, sem comprometer o plantio.

Atenção à erosão

A erosão atrapalha as plantas na absorção da água liberada na irrigação. Dessa forma, o produtor acaba precisando irrigar com uma frequência maior, o que gera desperdício. Por isso é importante tratar bem a terra para evitar esse processo de desgaste do solo.

Telas

O sol do verão é mais forte e prolongado, ressecando as plantas facilmente e aumentando a necessidade de intensificar a irrigação.

Uma forma de abrandar esse efeito é a instalação de telas nas plantações de pequeno e médio porte. Elas reduzem a penetração da radiação infravermelha na lavoura, controlando a temperatura e diminuindo a necessidade de irrigação.

Nivelamento

O nivelamento da área de lavoura evita o desperdício, pois reduz a fuga e a evaporação da água após a irrigação.

Reuso

Reaproveitar a água empregada nos processos agrícolas tem sido a saída de muitos produtores. A água escoa até um terreno mais baixo, como um açude, de onde é bombeada para reutilização.

Características da cultura

A irrigação é importante para qualquer lavoura. No entanto, cada cultura demanda uma intensidade diferente, e essa quantidade ainda varia ao longo do desenvolvimento da planta. Por isso é fundamental que o produtor conheça bem as características e necessidades da sua plantação e utilize apenas o volume de água adequado, evitando o desperdício.

Fatores climáticos

O tipo de clima da região pode afetar a quantidade de água que deve ser irrigada na lavoura. Por exemplo, a maior quantidade e frequência de chuvas diminui a necessidade de irrigação, ao passo que o ar seco, altas temperaturas e fortes ventos exigem uma irrigação mais frequente.

Características do solo

O tipo de solo e sua textura — quantidade de areia, argila e silte — também podem determinar o volume de irrigação necessário na lavoura. Isso está relacionado à capacidade do solo de reter ou não a água. Quanto menor for, mais frequentes serão as irrigações.

Todos esses últimos fatores mencionados, cultura, clima e solo, são fundamentais para definir a quantidade de água que deverá ser aplicada na plantação. Com a análise correta, é possível implementar um processo de irrigação que contribua para o bom desenvolvimento das plantas e, ao mesmo tempo, não se desperdice água, garantindo menos gastos na agricultura.

Reduza o custo de sobreposição

A sobreposição é um problema no processo de pulverização que pode aumentar significativamente os gastos com defensivos químicos na lavoura.

Para termos uma ideia do desperdício que isso pode significar, considere uma propriedade que gasta R$ 50 mil com defensivos ao longo do ano. Levando em conta que a área de sobreposição geralmente fica entre 2% e 12%, no pior cenário, seriam R$ 6 mil jogados fora. Sem um controle eficiente, o produtor acaba aplicando o produto em locais que já foram tratados.

Felizmente, já existem métodos sofisticados que controlam a aplicação eletronicamente. Hoje em dia, o pulverizador agrícola conta com uma barra de cerca de 32m. Nela, é instalada uma série de bicos que borrifam o defensivo à medida que o trator se locomove pela lavoura.

Com o sistema eletrônico, um equipamento capta o sinal do satélite. O software demarca as áreas já tratadas e desliga os bicos que passam por cima dessas regiões, permitindo que o produto seja liberado apenas nas partes ainda não pulverizadas.

Pense na logística

O transporte dos alimentos é uma etapa fundamental do agronegócio. E são dois os principais motivos: os custos relacionados ao processo e a qualidade do serviço, a fim de manter a integridade dos produtos até a mesa do consumidor.

Os custos podem ser realmente altos. Segundo uma pesquisa realizada em parceria com a Federação de Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), os produtores da soja paranaense escoada por meio do porto de Paranaguá, as despesas relacionadas à logística ficam entre 14% e 17% do valor total do produto.

Como afirma João Martins da Silva Júnior, presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o custo do processo de distribuição é quatro vezes superior do que é praticado nos Estados Unidos.

Uma saída para os produtores rurais pode estar em uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB). A ideia é a criação de uma cooperativa que centralize a entrega de produtos de diversas propriedades em um único caminhão. Isso seria especialmente útil aos pequenos e médios empreendedores.

A maior parte do custo estaria ligada à aquisição do caminhão. Em todas as outras etapas, haveria economia de recursos, como a redução no número de funcionários e a diminuição com despesas de combustível.

Em adição a essa iniciativa, podem ser organizadas feiras em locais próximos, evitando que os produtos sejam levados para regiões muito distantes.

Aposte na agricultura de precisão

Agricultura de precisão se refere ao uso da tecnologia para guiar o manejo da cultura com base nas informações do clima e do solo. Por meio desses dados, é possível automatizar processos em todas as etapas de adubação, plantio, cultivo, pulverização e colheita.

Essa prática é vista, por exemplo, nos maquinários, como colhedoras. Elas passaram a contar com sistemas GPS conectados a sensores, possibilitando calcular o volume da colheita e criar mapas de produtividade — ou seja, determinar quais áreas da propriedade são mais produtivas.

As informações obtidas contribuem para um planejamento preciso de plantio, com menor taxa de erros, já que o sistema vai definir onde cada semente ou muda será plantada. Dessa forma, o software pode decidir alocar mais sementes em áreas férteis, trazendo grande ganho no resultado da colheita.

Existem equipamentos que conseguem até identificar ervas daninhas, por exemplo, e aplicar defensivos somente sobre elas.

A agricultura de precisão traz grandes benefícios aos produtores, pois permite que eles tomem decisões sobre o cultivo baseadas em informações em tempo real. Com essa prática, é possível:

  • ter maior flexibilidade para a aplicação de insumos;
  • aprimorar o rendimento da cultura;
  • fazer análises do solo para aplicar adubos e fertilizantes em escalas variáveis, conforme a necessidade de cada área;
  • preservar os recursos naturais, como solo e água;
  • reduzir o uso de fertilizantes e defensivos.

As ferramentas tecnológicas permitem compreender os diversos fatores que podem influenciar os resultados da produção e implementar estratégias que corrijam ou aprimorem o manuseio. O resultado final é a redução dos custos na agricultura e o aumento da produtividade.

Para conseguir isso, é importante dar a devida atenção a todas as etapas da produção. Existem fontes de desperdício bastante comuns, em especial nos processos de colheita e distribuição. No entanto, algumas práticas são úteis na resolução desses problemas.

Tratar o solo a fim de extrair dele todo o potencial também é fundamental. Portanto, a adubação compreende uma margem significativa do orçamento do produtor. As técnicas de adubação orgânica têm sido muito usadas, pois, além de serem soluções de baixo custo, apresentam ótimos resultados.

Em todas as fases da produção, a agricultura de precisão tem fornecido instrumentos valiosos para otimizar e automatizar processos de análise, plantação, adubação, plantio etc. Na era da tecnologia da informação, esses novos recursos não podem ficar de fora do campo. São ferramentas que, indiscutivelmente, têm contribuído para a redução de custos na agricultura.

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