
Colhedora de grãos: como escolher a melhor para sua fazenda?
A colhedora é uma máquina agrícola utilizada em diferentes culturas, que podem ser de plantas inteiras, partes de plantas e frutos — é o caso, respectivamente, da forragem, da cana-de-açúcar ou do café. Neste post, vamos falar especificamente sobre a colhedora de grãos.
Para escolher o equipamento ideal para a sua lavoura, é preciso saber mais sobre a evolução desse equipamento, seu funcionamento e as vantagens de utilizá-la. Por isso, acompanhe o post e tenha a resposta para essas questões!
O que é colhedora de grãos?
Uma colheitadeira ou colhedora de grãos é uma máquina muito usada na agricultura para realizar a coleta de diversas culturas, a exemplo do milho, da cevada, do trigo, da aveia e do arroz, entre outros.
Isso porque ela aumenta significativamente o nível de eficiência do processo em relação à colheita manual, tanto em tempo quanto em mão de obra. Ou seja, há mais consistência no processo, com ganho de rendimentos, redução de retrabalho e de custos em geral.
Como funciona uma colhedora de grãos?
A colheitadeira é composta por vários sistemas responsáveis por realizar as diferentes atividades que vão do início do fim ao processo de colheita. A presença e o nível de realização de cada uma delas variam, de acordo com as especificidades de cada máquina e da cultura envolvida na colheita. Saiba mais sobre cada etapa!
Despiga ou corte
A etapa inicial de atividade da colhedora de grãos é a despiga, que consiste na retirada das plantas ou de suas partes de interesse. O corte varia conforme a cultura: no caso do trigo, por exemplo, toda a planta é coletada, enquanto, no milho, apenas as espigas são arrancadas.
Alimentação
O sistema de alimentação é composto por correntes ou esteiras transportadoras, caracóis de condução, elevadores e outros. Esses elementos são responsáveis por conduzir o material coletado no corte até a trilha.
Trilha
Essa etapa é própria, principalmente, das colhedoras de grãos. Nela, eles são retirados da parte da planta — espiga, panícula, vagem ou outra — por meio de movimento, impacto e atrito, em movimentos coordenados e planejados de forma que não danifiquem ou machuquem os grãos na retirada.
Separação
A separação pode ocorrer combinada com a etapa de trilha ou posteriormente. Ela consiste na separação dos grãos em um compartimento, enquanto outros resíduos de partes da planta (como folhas, palhada, colmos etc.) são ejetados para o campo.
Limpeza
O sistema de limpeza tem início com uma bandeja de entrada que transporta os grãos. Depois de separados, eles são limpos e outras partículas que restarem são retiradas. É o caso de pedras e palhiço (restos vegetais).
Para limpar, a bandeja transporta os grãos a um sistema de peneiras de vários tamanhos, que permitem passar os grãos e retêm as partículas maiores. Enquanto isso, um conjunto de ventilação expulsa as partículas que são menores e mais leves.
Transporte e armazenamento
Por último, um escorregador transporta os grãos limpos para o fundo da máquina. Lá, um elevador os conduz para o tanque de grãos. Ele, por sua vez, será descarregado na carreta graneleira que acompanha a colhedora.
Quais são suas vantagens?
A colhedora, como antecipamos, aumenta consideravelmente os lucros da lavoura. De forma geral, o uso da tecnologia na agricultura tem sido o motor de melhorias na produtividade sem a necessidade de aumento de área plantada. Produzir menos com mais é um dos pilares da agricultura sustentável, que vem dando força e expansão ao agronegócio brasileiro.
Nesse contexto, as máquinas agrícolas fazem parte do que é conhecido como tecnologia verde, pois aumentam a produtividade e a rentabilidade da produção rural pela modernização de processos e melhoria da eficiência da cadeia produtiva. Com destaque, as colhedoras de grãos são protagonistas, pois cuidam de uma das etapas mais importantes para os empreendimentos agrícolas: a colheita.
Assim, há inúmeras vantagens no uso das colhedoras, incluindo:
- redução de custos;
- antecipação da semeadura;
- aproveitamento otimizado do solo;
- crescimento da produtividade e muito mais.
Embora o custo das máquinas seja alto, o rendimento operacional compensa o investimento, ao eliminar o trabalho manual, evitando falhas humanas e agilizando a colheita.
Quais são os tipos mais usados?
Há uma variedade grande entre os tipos de colhedoras de grãos, classificadas conforme seu funcionamento, tipo de cultura na qual são utilizadas e no sistema de trilha. Veja as diferenças!
Funcionamento
As colhedoras podem ser:
- automotrizes, que se deslocam e executam as tarefas por conta própria;
- de arrasto, quando precisam de um motor externo;
- montadas, quando acopladas a um trator para movimento e tração.
Tipo de cultura
Há colhedoras de grãos específicas para frutos, para plantas inteiras, algodão e para grãos e cereais. A classificação se dá com base no tipo de planta e no tamanho do grão. Mas essa especificidade não é um problema: é possível adaptar as colheitadeiras para serem usadas em culturas distintas.
Sistema de trilha
Quanto às trilhas, as colhedoras podem ser:
- radiais, nas quais a planta passa apenas uma vez, entre um sistema fixo (côncavo) e um motor (rotor) para a debulha, seguindo pelo cilindro batedor, que distribui grãos e palhas de maneira uniforme, para separação por gravidade e alternância de movimentos. Com o impacto, alguns produtos podem ser danificados;
- axiais, que levam o material por várias voltas entre o sistema rotor e o cilindro separador. A separação ocorre entre o rotor e o cilindro separador e é mais eficiente, já que a trilha é mais suave.
A eficiência da colheita está ligada diretamente ao bom planejamento e ao uso das máquinas certas. Como se trata de um maquinário caro, é importante fazer pesquisas e avaliações antes da compra, levando em conta aspectos como a cultura, a terra e as finanças.