Fertilizantes minerais: os principais tipos e a sua importância

Fertilizantes minerais: os principais tipos e a sua importância

Os fertilizantes minerais são a peça-chave no agronegócio, pois garantem colheitas contínuas e de alta qualidade para uma melhor competitividade principalmente no comércio exterior.

Afinal, à medida que a população cresce, o desafio de fornecer alimentos também aumenta. Para se manter com produções contínuas e atender à demanda, é necessário conhecer não apenas o melhor fertilizante mineral, como as principais estratégias de aplicação.

Pensando nisso, preparamos este post para abordar os melhores modelos disponíveis e como fazer essa escolha de acordo com as suas estratégias em campo. Boa leitura!

O que são e como funcionam os fertilizantes minerais?

Os fertilizantes minerais são produtos fortificados com nutrientes essenciais para a saúde das plantas. Eles oferecem a clássica combinação de nitrogênio, potássio e fósforo — também conhecida como NPK —, além de elementos como magnésio, cálcio, enxofre, boro e zinco, a depender da cultura a ser implementada.

É muito simples entender por que a adubação é tão importante, uma vez que o solo não oferece todos os elementos nutritivos necessários ao longo do ciclo de vida das plantas.

Inclusive, isso é explicado por Justus van Liebig, famoso por ser o “pai da indústria de fertilizantes” ao descobrir a Lei do Mínimo. De acordo com ela, se houver falta de um dos elementos nutritivos, a produtividade da plantação será limitada — ainda que os demais nutrientes sejam abundantes. Para obter excelentes colheitas, portanto, deve-se desenvolver um programa nutricional único para cada cultura.

Além disso, a adição de fertilizantes minerais não só melhora, como preserva a fertilidade do solo, que perde nutrientes durante a colheita. Contudo, por ter sua origem na mineração ou refinaria de petróleo, devem ser lançados de forma prudente sobre a propriedade agrícola.

Qual é a diferença entre fertilizante mineral e orgânico?

Os fertilizantes minerais são produzidos a partir de elementos não orgânicos, como rochas, minérios e resíduos industriais. Geralmente são sintetizados por processos químicos que visam a criação de formas solúveis de nutrientes essenciais para as plantas, como nitrogênio, fósforo e potássio, e a sua disponibilização de maneira imediata, para um rápido suprimento.

Por outro lado, os fertilizantes orgânicos são derivados de esterco animal, restos de plantas, resíduos de alimentos e outros materiais decompostos. Eles são ricos em nutrientes, mas sua liberação é mais lenta e gradual, em comparação com os fertilizantes minerais.

Isso ocorre porque os nutrientes orgânicos precisam passar por um processo de decomposição natural ou compostagem antes de estarem disponíveis para as plantas. Entre as suas principais vantagens estão a melhora da estrutura do solo e a capacidade de retenção de água.

Quais são os principais tipos de fertilizantes minerais?

Esse fertilizante é criado a partir de minérios que abrigam elementos essenciais para a nutrição de plantas. Podemos separá-los em alguns grupos principais. Acompanhe!

Nitrogenados

Em forma de gás, a amônia anidra é a principal fonte de nitrogênio para fertilizantes. Entretanto, esse elemento também pode ser obtido por meio de outros minerais — como a nitromagnesita, que é encontrada em regiões áridas.

Quando utilizado em plantas, o nitrogênio desempenha um papel vital para a formação de suas proteínas, assim como para a fotossíntese e formação de biomassa.

Fosfatados

Os superfosfatos, termofosfatos e fosfatos acidulados são compostos extraídos especificamente da apatita. Estão diretamente ligados à transferência e ao armazenamento de energia da planta, especialmente na estruturação do ATP (adenosina trifosato).

Os termofosfatos têm se mostrado mais eficazes, pois são insolúveis na água, mas solúveis no solo — o que impede o escoamento do íon fosfato. Sua principal desvantagem é o seu elevado custo de extração.

Potássicos

Quando se trata de fertilização, o potássio é um dos elementos considerados nobres — juntamente com nitrogênio e fósforo. Por isso, é bem comum na natureza, podendo ser encontrado tanto na forma inorgânica como iônica, sendo fundamental para melhorar o metabolismo celular e o desenvolvimento dos frutos, elevando a sua qualidade e o sabor.

Garantir uma taxa adequada no solo, portanto, é fundamental para assegurar que as necessidades da planta sejam atendidas em épocas de maior demanda. Isso pode ser conseguido ao minimizar as perdas por lixiviação e fixação.

Mistos

Os fertilizantes minerais mistos são resultados da mistura de dois ou mais componentes mais simples. Um exemplo é o NPK 20-20-20, que traz uma composição balanceada:

  • 20% de nitrogênio;
  • 20% de fósforo;
  • 20% de potássio.

Complexos

Os fertilizantes minerais complexos se diferem dos simples ou mistos por apresentarem uma composição mais abrangente de nutrientes, sendo mais eficientes que os anteriores.

Além dos elementos primários, esses fertilizantes especiais podem conter:

  • nutrientes secundários, como cálcio, magnésio e enxofre;
  • micronutrientes, como ferro, zinco, cobre, manganês, molibdênio e outros.

Por que usar fertilizantes minerais?

Optar por fertilizantes minerais contribui para que as colheitas sejam mais consistentes e de alta qualidade, além de repor o equilíbrio dos nutrientes. Ou seja, essa prática evita que os minerais se esgotem e o solo perca a produtividade, permitindo ao agricultor alcançar a tão sonhada safra recorde.

Além disso, é possível ter um controle mais preciso e uma aplicação direcionada dos nutrientes, de acordo com a exigência da cultura. Isso faz com que os produtores possam otimizar as safras, ao favorecer a absorção pelas plantas.

Como escolher bons fertilizantes minerais?

Ao escolher fertilizantes minerais, é importante levar em consideração três aspectos principais: as características do solo, o tipo de plantação e a avaliação do custo. Confira mais detalhes, a seguir!

Características do solo

A análise do solo é crucial para identificar suas características, como pH, teores de nutrientes e presença de deficiências específicas, e definir o fertilizante ideal para a lavoura.

Além disso, é fundamental avaliar a compatibilidade entre o fertilizante e o solo, pois alguns produtos podem reagir de forma diferente e afetar a disponibilidade de nutrientes. Portanto, faça a escolha dos adubos de acordo com fatores como a acidez, a lixiviação e a porosidade do terreno.

Tipo de plantação

Cada cultura tem necessidades nutricionais específicas, portanto, pesquise e entenda os requisitos nutricionais para obter o melhor custo-benefício. Para isso, é importante considerar as proporções adequadas de cada nutriente.

Leve em consideração a forma de aplicação mais eficiente, de acordo com a sua lavoura. Por exemplo, a adubação foliar ou a fertirrigação. Alguns fertilizantes são mais adequados para certos métodos do que outros. Portanto, conte com a ajuda de um profissional da área, como um engenheiro agrônomo, para melhores orientações.

Avaliação do custo

Avalie o custo do fertilizante em relação à sua eficiência. Compare diferentes opções de fertilizantes e escolha aquela que ofereça um bom equilíbrio entre preço e capacidade nutricional. Considere não apenas o custo inicial do fertilizante, mas os benefícios a longo prazo.

Produtos de boa qualidade podem aumentar a produtividade das plantas e a qualidade dos produtos agrícolas, favorecendo maiores lucros a longo prazo. Portanto, leve em conta o custo-benefício global ao fazer a sua escolha.

Além desses três fatores, também é importante considerar os aspectos relacionados à sustentabilidade e ao impacto ambiental dos fertilizantes minerais, como a sua solubilidade, a taxa de liberação de nutrientes e o potencial de lixiviação. Busque por produtos com formulações que minimizem os impactos e promovam um melhor aproveitamento.

Neste post, vimos quais são os principais tipos de fertilizantes minerais e como escolher o melhor produto de acordo com as necessidades do seu campo, para que você usufrua de um melhor custo-benefício. Além disso, mostramos a importância de levar em consideração as exigências de cada cultura e a análise de solo para obter uma maior precisão.

Gostou do conteúdo? Para aprender mais sobre esse assunto, separamos um post com algumas dicas sobre como escolher o melhor fertilizante para a sua lavoura!

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